quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A Assembleia Legislativa concedeu o Título de Cidadão Sergipano ao teólogo Hildebrando Maia

A Assembleia Legislativa de Sergipe, atendendo a uma indicação da deputada estadual Ana Lúcia (PT), concedeu na manhã de hoje (26), o Título de Cidadão Sergipano ao teólogo e assessor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), Hildebrando Oliveira Maia Junior. 

A sessão especial foi presidida pelo deputado estadual Adelson Barreto (PSB). A solenidade foi muito prestigiada por amigos e familiares do homenageado, com destaque para o prefeito de Propriá, Paulo Britto (PT); para o deputado federal Iran Barbosa (PT); para uma grande militância do Sintese, representantes da CUT e do MST. Nascido em Senhor do Bomfim (BA), o teólogo vem de família tradicional católica, formou-se em Teologia pelo Instituto Pio XI da Pontifícia Universidade Salesiana de Roma; veio para Sergipe em 1982 e logo começou a lecionar no Colégio Diocesano de Propriá. Em 1986, no período em que Dom José Brandão de Castro era o então Bispo da Diocese de Propriá, Hildebrando Maia foi trabalhar no Centro Pastoral da Igreja Católica, como Coordenador de Comunicação Social. Com sua formação sólida de esquerda, versatilidade e dinamismo, em 1991, Hildebrando Maia foi convidado pelo então Deputado Estadual Renato Brandão para assessorá-lo na Assembléia Legislativa de Sergipe,.onde começou a construir uma forte relação política com algumas lideranças do magistério sergipano.

O homenageado também ocupou o cargo de Secretário de Governo da Prefeitura Municipal de Propriá, entre 1997 e 1998. Nesse período também assumia Secretarias Municipais os seus companheiros do Partido dos Trabalhadores Franklin Magalhães Ribeiro e José Correia Neto. "Em 2001 e 2002, sob o meu comando, Hildebrando foi nosso Assessor de Planejamento Estratégico,na Secretaria Municipal de Educação de Aracaju, elaborando e coordenando o projeto de formação permanente para dirigentes escolares.

Em 2005 e 2006, no segundo mandato de Prefeito de Marcelo Deda, Hildebrando Maia exerceu a função de Vice-Presidente da Funcaju ( Fundação de Cultura de Aracaju), onde ao lado da então Presidente Karlene Sampaio realizaram transformações profundas naquela Fundação", discursou Ana Lúcia. O petista disse ainda que "durante esse período Hildebrando nunca se apartou da sua missão: a defesa da causa dos trabalhadores, e a de ajudar a construir em Sergipe organizações classistas combativas, mobilizadoras , a exemplo da CUT e do Sintese, de quem é assessor desde 1994. 

Foi no Sintese que Hildebrando revela o seu grande papel de educador social, onde exerce plenamente a sua habilidade de grande mestre, e se torna uma referência para os professores, sem reivindicar mídia. Hildebrando e o Sintese formam um junção inseparável, quase poética. É entre os professores que Hildebrando se mostra brando, metódico, austero no dever, vigilante no direito", completou. Para concluir, Ana Lúcia ainda disse que "é uma pena que ele não seja de Sergipe desde o princípio, mas os irmãos baianos nos deu um filho com nosso sotaque, do nosso jeito, com o nosso brilho. Seja bem vindo companheiro, suas ações justificam este título, os sergipanos lhe admiram e lhe desejam como conterrâneo. Você é nosso. A luta fez a lei". No final de seu discurso, Ana Lúcia quebrou o protocolo da solenidade e leu uma mensagem de Salatiel Franciscano do Amaral para o homenageado, lamentando a sua ausência, mas destacando qualidades de Hildebrando. 

Hildebrando fez um discurso de improviso para agradecer a homenagem. "Quero dizer aos presentes que muitas vezes eu assisti conflitos doutrinários que eu jamais consegui entender. Isso porque eu nunca conseguir ter conflito entre minha opção pelo cristianismo e minha opção pelo marxismo revolucionário. Eu consigo entre os pensamento de pessoas cristãs que marcaram profundamente a minha vida, mas consigo tranquilamente ficar encantado com os textos de trotsky. Eu consigo daquele pensamento de Marx lições para hoje". "Nós somos a geração que viveu o período mais longo de democracia no País. 

O Brasil não tem tradição democrática. Neste sentido, o País está aprendendo com o Partido dos Trabalhadores, mesmo com  suas contradições. Foi esse partido que eu fiz a opção de ajudar a construir. No momento em que conheci Ana Lúcia senti que foi amor à primeira vista, que estava diante de uma grande guerreira, uma pessoa com quem eu construir uma grande amizade e com quem eu trabalho há muitos anos. Nesses anos todos nós lutamos e sofremos juntos, aprendendo com nossos erros. Foi com ela que eu aprendi a amar a Educação, que é preciso mudar o País sem relegar a importância da Educação. Eu sempre me senti cidadão sergipano. Nada muda com o título. Agora eu tenho mais responsabilidade para lutar muito mais", completou o homenageado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário